Fala aí, pessoal! Tudo bem? Aqui é o Diego do Black Fox, sou ilustrador e ajuda
profissionais e estudantes a obterem resultado de anos de estudo em poucos
meses sem que eles percam tempo com exercícios errados.
No
post de hoje eu vou passar uma sacada que eu tive com o meu filho, conversando
com ele. Ele estava brincando com um amiguinho, - na cidade onde estávamos
tinha um parque temático de dinossauros – e ele pegou os bonequinhos de
dinossauros e misturado com eles tinha um morcego, ele olhou o morcego e
perguntou “Pai, por quê que esse morcego aqui tem um monte de dentinho? Tem
mãos, tem pezinhos...” Porque na nossa casa lá no Brasil a gente tinha uma
mangueira enorme que vivia cheia de morcego. Ele já tinha visto vários
morcegos, só que é aquilo – e os morcegos voando né, é diferente de ver aquele
boneco paradinho ali
E é
o seguinte: a ideia didática que veio disso foi que ele não reconheceu, o
morcego não tinha aquelas mãos com os dedinhos e os pezinhos porque a experiência
visual que ele teve com o morcego foi aquele vulto rápido, e esse é um
excelente exemplo para mostrar o que acontece quando a gente desenha ou pinta
com conceito intelectual em vez de usar a informação visual.
Então,
se fosse nesse caso, na hora de pintar, se não fosse um caso de ilustração
anatômica, uma ilustração voltada para esse caráter didático de mostrar os
elementos e tal, se fosse uma cena mesmo, daí a pessoa vai pintar o morcego, a
experiência visual.
Mas
o que conta é o seguinte, a gente deve pintar a nossa experiência visual. A
experiência visual para ele do morcego foi aquele vulto, aquele shape
específico sem esses detalhes. Por isso que é importante fazer exercício de
síntese, de simplificação para ter essa capacidade de pintar aquilo que o olho
vê e não o que a mente sabe.
É por essa razão que muitos desenhos de modelo
vivo, por exemplo, ficam parecendo desenhos de criança porque o cara que
desenha o modelo fica lá longe e na hora de fazer a cabeça (no modelo de corpo
inteiro) ele faz o olho cílio por cílio, no pé faz cada dedinho, cada unha em
cada dedo, porque essa é uma informação intelectual que ele tem, não é uma
informação visual, e é isso que dará o desenho esse aspecto de desenho de
criança.
Então
foi uma ideia rápida que veio enquanto eu brincava com ele de dinossauro lá e
ele achou esse boneco de morcego enfiado lá perto dos bonecos de dinossauros.
Espero
que te ajude a entender a importância de fazer exercício de síntese e fazer
também essa dissociação entre informação visual e o conceito que você tem
acerca do objeto que você está pintando.
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